Muitas vezes a gente só precisa de gestão...
Eu sempre fui uma pessoa empática. Sempre consegui pensar em
como as pessoas sentiriam e ficariam com o meu comportamento ou o de outras
pessoas. Como essa característica sempre foi forte em mim, eu aprendi a fazer
as coisas para os outros da forma em que eu gostaria que esses “outros” fizessem
comigo. Eu acredito firmemente que as pessoas recebem o que elas oferecem ao
mundo.
Com isso, desde que comecei a trabalhar eu tive diversos
gestores com o coração de pedra, alma de gente ruim e que tratavam seus
empregados como escravos e seres de pouca significância. Sofria demais com
isso... Doía. Eu achava injusto ser tão maltratada por eles quando eu só
oferecia cortesia e no mínimo um tratamento educado.
Ao invés de gritos, talvez o que eu precisasse seria: gestão - treinamento, conhecimento
dos processos da empresa e abertura para perguntar quando necessário e sugerir
melhorias, se fosse o caso.
O tempo passou. Eu tive uma fase amarga, triste. E o tempo
me deixou entender (erroneamente) que pessoas ruins tinham espaço no mundo. As
de bom coração só se davam mal. Comecei a ter meu coração em processo de
petrificação. Comecei a tratar algumas pessoas com desdém, a achar que eu era
mais, melhor e superior a outras. Eu estava muito errada! Guardei minha “viola
no saco” e continuei caminhando e reaprendendo a ser mais humana, humilde.
O tempo continuou passando e eu sempre me deparava com maus
gestores. Até que conheci um grande exemplo: Cássia. Eu era ainda estagiária e
percebia o quanto ela era diferente dos demais. Me ensinou a ser profissional
de fato. Me mostrou que não apenas existem maus gestores no caminho e sim, grandes personalidades de caráter, coração e competência. Devo a ela o exemplo que tento ser hoje.
Mais uma vez os caminhos foram mudando e continuei sendo
gerida por pessoas com péssima capacidade com outros seres humanos. Alguns
gritavam, outros jogavam coisas no chão, alguns chamavam funcionários de
burros, fazendo até o barulhinho dos burros, acreditam?!
Gritavam pedindo
satisfações de coisas que nem sabíamos que existia... Outros nos tratavam como
objetos e não pessoas. Alguns humilhavam. Muitos não reconheciam esforços, os trabalhos nunca
estão bons o suficiente. Eles sempre falam na primeira pessoa quando têm uma
equipe gigante trabalhando para eles no staff...
Mais uma vez, eu só precisava de treinamento, conhecimento dos processos e abertura para perguntar.
Eu via meus colegas de trabalho lidarem seus gestores como
iguais. Se gritam de lá, outros gritam de cá. E eu, sempre tive medo dos “chefes”.
Aprendi a ter... Eu não gritava. Ouvia em silêncio e saia, muitas vezes pra chorar escondido.
Bem, eu estudei, e muito! Hoje sou uma profissional capacitada e
tenho experiência, know-how e titulação suficiente para ter certeza da minha competência
profissional. Mas isso não me dá permissão alguma de tratar as pessoas sem
respeito e educação. E não faço! Quando vejo que sei mais que alguém em alguns aspectos, eu tento ajudar. Me ofereço, colaboro, divido. É assim que tem que ser! Porque em outros eu aprendo TODOS OS DIAS.
Não sou melhor do que ninguém. Não sou mais nem menos. Sou
alguém, apenas. Mas o que acontece com as pessoas que tratam outras pessoas
dessa forma? Quem dá direito a elas de fazerem aberrações como estas?
O intuito deste post é, além de desabafar, é para pedir para você caro leitor, que não
seja assim com seus funcionários, colegas de trabalho, amigos, vizinhos... Vamos ser mais empáticos. De pulso firme quando precisar, mas com coração aberto!
Sejamos (todos) mais humanos. "Treinem” as pessoas a serem educadas com vocês,
Todos só temos a ganhar!
Comentários
Postar um comentário